Jovens do RN conciliam rotina e mantêm legado familiar nas quadrilhas juninas

  • 16/05/2025
(Foto: Reprodução)
Integrantes do Arraiá Zé Matuto, de Natal, falam sobre a preparação nos bastidores, a tradição que vem de casa e os desafios para manter viva a cultura junina no estado. Bruna Ferreira atua como noiva nas apresentações Cedida A cada mês de junho, às quadrilhas juninas tomam conta das ruas, palcos e festivais pelo Rio Grande do Norte. Por trás das roupas coloridas, das coreografias sincronizadas e da animação que envolve o público, há uma rotina de dedicação que começa ainda no início do ano e envolve dezenas de pessoas comprometidas com a cultura popular. 📳Participe do canal do g1 RN no WhatsApp É o caso de Bruna Ferreira, de 22 anos, e Iury Silva, de 19 anos, integrantes da quadrilha Arraiá Zé Matuto, grupo tradicional de Natal. Bruna entrou no grupo em 2022. A decisão foi rápida, mas o desejo de dançar já vinha de muito antes. Quando criança, ela participava das festas escolares e fazia questão de vender balaios para disputar o título de Rainha do Milho. Em casa, cresceu ouvindo a mãe contar histórias das quadrilhas de bairro das quais participou na adolescência. “Ela sempre dizia que foi uma das melhores épocas da vida dela, e eu ficava imaginando como seria viver aquilo também”, conta. Já Iury começou a dançar em 2023, também influenciado pelas memórias da infância e por amigos que já faziam parte da quadrilha. O interesse pelas festas juninas sempre existiu, mas só virou prática quando ele decidiu aceitar o convite para participar. Iury Silva começou a dançar em 2023 Cedida “Ter amigos que dançavam na mesma quadrilha foi um fator importante para minha decisão de participar", relembra Iury. A entrada no grupo marca o início de uma rotina intensa. Os ensaios começam logo nos primeiros meses do ano e ocupam os finais de semana dos quadrilheiros. À medida que o calendário avança, o ritmo se intensifica. Os treinos são fechados ao público até o ensaio geral, que acontece pouco antes da temporada de apresentações e serve como uma prévia aberta do espetáculo preparado para o São João. A rotina exige organização. “O desafio é conciliar trabalho, vida pessoal e quadrilha. Às vezes é preciso faltar ao trabalho para viajar e se apresentar”, diz Bruna. “A gente acaba abrindo mão de momentos com a família, porque os fins de semana ficam comprometidos.” Iury também destaca essa dificuldade. “A preparação exige comprometimento. Temos que abdicar de eventos pessoais. Mas se apresentar e receber aplausos faz tudo valer a pena", destaca. Apesar dos desafios, o envolvimento com a quadrilha é fonte de realização pessoal. Para os jovens, dançar é mais do que participar de um espetáculo: é se reconhecer em uma tradição e se conectar com pessoas que compartilham do mesmo sentimento. “São João pra mim é dançar quadrilha, não vem outro pensamento. Quem dança uma vez, todo ano quer estar dançando. Dançar é amor, é cultura, é representatividade. São João sem quadrilha pra mim não existe", conta Bruna. Bruna entrou no grupo em 2022 Cedida Iury partilha do mesmo sentimento de amor pela época junina e reforça a importância da valorização da cultura. “É uma parte rica da nossa cultura que devemos guardar e dar valor. É muito importante que sejamos fortes e firmes em manter essas tradições vivas, para que os que vêm depois possam gostar e se inspirar nelas", diz. Bruna, que atua como noiva nas apresentações, já foi premiada duas vezes em festivais. Mas diz que o reconhecimento mais marcante acontece nas reações do público. “O carinho das crianças pedindo foto e dizendo que querem dançar também é a maior emoção. A gente sente que está inspirando”, afirma. Para os jovens quadrilheiros, a vivência dentro da quadrilha se torna parte da identidade deles e a trajetória carrega histórias que se entrelaçam com o legado das famílias e de uma festa que é símbolo do Nordeste. Dançarinas de quadrilhas juninas se preparam para competições Veja os vídeos mais assistidos do g1 RN

FONTE: https://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/sao-joao-no-rn/noticia/2025/05/16/jovens-do-rn-conciliam-rotina-e-mantem-legado-familiar-nas-quadrilhas-juninas.ghtml


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